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Artesplasticas

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ARTES PLÁSTICAS 

De que forma as artes contribuem para o desenvolvimento do ser humano?

DÚVIDAS TEMPORÁRIAS

CERTEZAS PROVISÓRIAS

Até que ponto objetos em lugares inusitados podem ser considerados arte?

Cada pessoa, de acordo com sua bagagem cultural, faz sua própria interpretação de uma obra de arte.

Há modismos na arte?                                              

A arte atravessa o tempo e o espaço.

A pessoa nasce com o dom para uma arte ou pode desenvolver?

A imagem plástica contribui para o desenvolvimento humano.

  1. ARTES PLÁSTICAS 
  2. De que forma as artes contribuem para o desenvolvimento do ser humano?
    1. 4) HISTÓRICO A história da criação do Centro Juvenil de Artes Plástica - CJAP está ligado ao idealismo do entusiasta, educador e artista Guido Viaro que, graças aos esforços em possibilitar à criança a oportunidade de pintar, é que se atribui não só o surgimento deste Centro de Artes, mas o início da trajetória da arte-educação no Paraná e no Brasil, precedendo às Escolinhas de Arte. O Mestre e o artista Viaro tinha por metas estimular a criança a gostar da Arte através do “fazer a Arte”, e assim despertar a criatividade, com perspectivas de contribuir para o desenvolvimento e formação do caráter humano. Desejava ele que a Arte fosse não só privilégio de alguns, mas que desse acesso aos filhos de gente pobre. Mestre Viaro Afirmava: “Nas escolas de bairro encontrei crianças com grande sensibilidade que expressavam com total pureza e espontaneidade seu mundo interior. E à criança se deve prestar o maior respeito. Já se foi o tempo que os adultos a oprimiam”. ( Viaro, 1996 ). Em 1953, como parte das comemorações do centenário da Emancipação Política do Paraná, o professor Guido Viaro, juntamente com outros professores e pedagogos, e entre eles a professora Eny Caldeira, organizaram uma exposição com cerca de 1000 trabalhos de arte infantil selecionados de um total de 13.000 outros trabalhos elaborados por crianças entre 6 e 14 anos, de diversas escolas públicas do Estado. Foi evidente o sucesso desta mostra de Arte infantil levando a influênciar no decorrer do tempo algumas decisões e definições quanto à Antiga Escola de Arte de Viaro, vindo a denominar-se pouco depois CENTRO JUVENIL DE ARTES PLÁSTICAS ligado ao Departamento de Cultura da Secretaria de Educação e Cultura do Paraná, de acordo com Decreto 9628 publicado no Diário Oficial de 16 de junho de 1953. Viaro visava proporcionar à criança a oportunidade de pintar, mas sem preocupação com a nota, pintando pelo prazer de estar em confidência com ela mesma. Entre as crianças, a preocupação nunca foi procurar desenhistas ou artistas, mas, despertar e formar pessoas de sensibilidade apurada, capazes de perceber a beleza da forma, da cor e a proporção e equilíbrio da composição, desenvolvendo as faculdades visuais e motora, o gosto artístico e estimulando-a ao aperfeiçoamento de seu trabalho criativo. Inicialmente, o Centro Juvenil de Artes Plástica oferecia cursos de pintura e cerâmica. Com o passar dos anos, novas técnicas e conhecimentos foram sendo incorporados aos iniciais, como xilogravura, desenho, pirogravura, teatro, gravura, tecelagem, Folclore ‘Boi de Mamão”. Em 1956, o Decreto 6177 vem oficializar o Centro Juvenil de Artes Plásticas que funcionava em condições experimentais no sótão da Escola de Música e Belas Artes e no subsolo da Biblioteca Pública do Paraná, aí ficando até 1989 quando passa para sua sede própria na Rua Mateus Leme Nº 56, cujo prédio definitivo está para ser construído. “Nas escolas de bairro encontrei crianças com grande sensibilidade que expressavam com total pureza e espontaneidade seu mundo interior. E à criança se deve prestar o maior respeito. Já se foi o tempo que os adultos a oprimiam.”(Viaro, 1966). Considerava-se de fundamental importância o CJAP porque supria um espaço cultural educativo, no qual a população infantil encontrava, na educação através da arte, a liberdade da criação. O Centro Juvenil de Artes Plástica passou a ser então em atelier livre e um laboratório em que a criança podia desenvolver sua criatividade. Já haviam se modificado as primeiras finalidades e o aluno desta época era um freqüentador que participava de diversos “ateliers”. Paralelo a isso acontecia a interiorização da Secretaria do Estado e da Cultuara e todos os setores deveriam apresentar projetos que levassem suas atividades ao interior do Estado. Lançou-se então uma proposta de criação de novos Centros Juvenis de Artes Plásticas no interior, que funcionariam nos moldes do CJAP da capital, cabendo a cada município a responsabilidade de funcionamento do seu Centro de Artes, os quais deveriam enviar relatórios mensais de suas atividades à direção, na capital. Atualmente, alguns continuam funcionando, graças ao desprendimento e a garra de suas professoras e de acordo coam as condições que possuem. Outros porém, já encerrramam suas atividade na ocasião de troca de Prefeitura. O Projeto CJAP no interior continua ainda hoje constantemente solicitado, embora apenas seja apoio técnico e treinamento aos professores que nele irão atuar. Com o advento dos anos noventa, uma percepção inovadora de Educação instaurou uma consciência mais clara sobre os fatos vividos e que fez desenvolver assumir uma postura mais crítica cujos reflexos vêm contribuindo para a transformação da prática social. Isto veio desencadear mudanças nas formas de pensamento fazendo-se necessário “repensar e complementar” o ensino da arte. Hoje, vemos um mundo globalizado e informatizado caracterizado por sucessivas e rápidas mudanças, aquisições e desafios que meandram os mais diversos setores da sociedade. Seja nas rodas político-culturais, econômico-sociais, ou defronta-se com exigência constante de adaptação e atualização nas diferentes áreas. Ligado e estes fatos o CJAP entende ser necessário manter uma linha integrada e antenada do homem – sociedade, conservando entre seus referenciais o de permitir ao aluno desenvolver o “eu pessoal” no “eu social” através do exercício da linguagem artística.   Histórico. Disponível em: http://www10.pr.gov.br/centrojuvenildeartes/hidtorico.shtml. Acesso em 06 de setembro de 2007.   5) O QUE É A ARTE?   Criação humana com valores estéticos (beleza, Equilíbrio, harmonia, revolta) que sintetizam as suas emoções, sua história, seus sentimentos e a sua cultura. É um conjunto de procedimentos que utilizados para realizar obras, e no qual aplicamos nossos conhecimentos. Se apresenta sob variadas formas como: a plástica, a música, a escultura, o cinema, o teatro, a dança, a arquitetura etc. Pode ser vista ou percebida pelo homem de três maneiras: visualizadas, ouvidas ou mistas (audiovisuais), hoje alguns tipos de arte permitem que o apreciador participe da obra. O artista precisa da arte e da técnica para comunicar-se.   Quem faz arte?   O homem criou objetos para satisfazer as suas necessidades práticas, como as ferramentas para cavar a terra e os utensílios de cozinha. Outros objetos são criados por serem interessantes ou possuírem um caráter instrutivo. O homem cria a arte como meio de vida, para que o mundo saiba o que pensa, para divulgar as suas crenças (ou as de outros), para estimular e distrair a si mesmo e aos outros, para explorar novas formas de olhar e interpretar objetos e cenas.   Por que o mundo necessita de arte?   Porque fazemos arte e para que a usamos é aquilo que chamamos de função da arte que pode ser ...feita para decorar o mundo... para espelhar o nosso mundo (naturalista)... para ajudar no dia-a-dia (utilitária)...para explicar e descrever a história...para ser usada na cura doenças... para ajuda a explorar o mundo.   Como entendemos a arte?   O que vemos quando admiramos uma arte depende da nossa experiência e conhecimentos, da nossa disposição no momento, imaginação e daquilo que o artista pretendeu mostrar.     O que é estilo? Por que rotulamos os estilos de arte?   Estilo é como o trabalho se mostra, depois de o artista ter tomado suas decisões. Cada artista possui um estilo único. Imagine se todas as peças de arte feitas até hoje fossem expostas numa sala gigantesca. Nunca conseguiríamos ver quem fez o que, quando e como. Os artistas e as pessoas que registram as mudanças na forma de se fazer arte, no caso os críticos e historiadores, costumam classificá-las por categorias e rotulá-las. É um procedimento comum na arte ocidental. Ex.: Renascimento, Impressionismo, Cubismo, Surrealismo, etc.         Como conseguimos ver as transformações do mundo através da arte?   Podemos verificar que tipo de arte foi feita, quando, onde o como, desta maneira estaremos dialogando com a obra de arte, e assim podemos entender as mudanças que o mundo tiveram.     Como as idéias se espalham pelo mundo?   Exploradores, comerciantes, vendedores e artistas costumam apresentar às pessoas idéias de outras culturas. Os progresssos na tecnologia também difundiram técnicas e teorias. Elas se espalham através da arqueologia , quando se descobrem objetos de outras civilizações; pela fotografia, a arte passou a ser reproduzida e, nos anos 1890, muitas das revistas internacionais de arte já tinham fotos; pelo rádio e televisão, o rádio foi inventado em 1895 e a televisão em 1926, permitindo que as idéias fossem transmitidas por todo o mundo rapidamente, os estilos de arte podem ser observados, as teorias debatidas e as técnicas compartilhadas; pela imprensa, que foi inventada por Johann Guttenberg por volta de 1450, assim os livros e e arte podiam ser impressos e distribuídos em grande quantidade; pela internet, alguns artistas colocam suas obras em exposição e podemos pesquisá-las, bem como saber sobre outros estilos.  História da Arte. Disponível em: http://www.artesbr.hpg.ig.com.br/Educacao/11/index_hpg.html. Acesso em 10 de setembro de 2007.      Não existem modismos na arte, a arte muda conforme mudam os tempos, acompanhando a história dos povos. Para ilustrar isso, temos o exemplo do Maneirismo:   6) MANEIRISMO   Paralelamente ao renascimento clássico, desenvolve-se em Roma, do ano de 1520 até por volta de 1610, um movimento artístico afastado conscientemente do modelo da antiguidade clássica: o maneirismo (maniera, em italiano, significa maneira). Uma evidente tendência para a estilização exagerada e um capricho nos detalhes começa a ser sua marca, extrapolando assim as rígidas linhas dos cânones clássicos.   Alguns historiadores o consideram uma transição entre o renascimento e o barroco, enquanto outros preferem vê-lo como um estilo, propriamente dito. O certo, porém, é que o maneirismo é uma conseqüência de um renascimento clássico que entra em decadência. Os artistas se vêem obrigados a partir em busca de elementos que lhes permitam renovar e desenvolver todas as habilidades e técnicas adquiridas durante o renascimento.   Uma de suas fontes principais de inspiração é o espírito religioso reinante na Europa nesse momento. Não só a Igreja, mas toda a Europa estava dividida após a Reforma de Lutero. Carlos V, depois de derrotar as tropas do sumo pontífice, saqueia e destrói Roma. Reinam a desolação e a incerteza. Os grandes impérios começam a se formar, e o homem já não é a principal e única medida do universo.   Pintores, arquitetos e escultores são impelidos a deixar Roma com destino a outras cidades. Valendo-se dos mesmos elementos do renascimento, mas agora com um espírito totalmente diferente, criam uma arte de labirintos, espirais e proporções estranhas, que são, sem dúvida, a marca inconfundível do estilo maneirista. Mais adiante, essa arte acabaria cultivada em todas as grandes cidades européias.   ARQUITETURA A arquitetura maneirista dá prioridade à construção de igrejas de plano longitudinal, com espaços mais longos do que largos, com a cúpula principal sobre o transepto, deixando de lado as de plano centralizado, típicas do renascimento clássico. No entanto, pode-se dizer que as verdadeiras mudanças que este novo estilo introduz refletem-se não somente na construção em si, mas também na distribuição da luz e na decoração.   Principais características:   Nas igrejas: · Naves escuras, iluminadas apenas de ângulos diferentes, coros com escadas em espiral, que na maior parte das vezes não levam a lugar nenhum, produzem uma atmosfera de rara singularidade. · Guirlandas de frutas e flores, balaustradas povoadas de figuras caprichosas são a decoração mais característica desse estilo. Caracóis, conchas e volutas cobrem muros e altares, lembrando uma exuberante selva de pedra que confunde a vista.   Nos ricos palácios e casas de campo: · Formas convexas que permitem o contraste entre luz e sombra prevalecem sobre o quadrado disciplinado do renascimento. · A decoração de interiores ricamente adornada e os afrescos das abóbadas coroam esse caprichoso e refinado estilo, que, mais do que marcar a transição entre duas épocas, expressa a necessidade de renovação.     Principais Artistas:   BARTOLOMEO AMMANATI , (1511-1592), Autor de vários projetos arquitetônicos por toda a Itália, tais como: a construção do túmulo do conde de Montefeltro, o palácio dos Mantova, a villa na Porta del Popolo. a fonte da Piazza della Signoria. Seu interesse pela arquitetura o levou a estudar os tratados de Alberti e Brunelleschi, com base nos quais planejou uma cidade ideal. De acordo com os preceitos dos jesuítas, que proibiam o nu nas obras de arte, legou a eles todos os seus bens.   GIORGIO VASARI, (1511-1574), Vasari é conhecido por sua obra literária Le Vite (As Vidas), na qual, além de fazer um resumo da arte renascentista, apresenta um relato às vezes pouco fiel, mas muito interessante sobre os grandes artistas da época, sem deixar de fazer comentários mal-intencionados e elogios exagerados. Sob a proteção de Aretino, conseguiu realizar uma de suas únicas obras significativas: os afrescos do palácio Cornaro. Vasari também trabalhou em colaboração com Michelangelo em Roma, na década de 30. Suas biografias, publicadas em 1550, fizeram tanto sucesso que se seguiram várias edições. Passou os últimos dias de sua vida em Florença, dedicado à arquitetura.   PALLADIO, (1508-1580), O interesse que tinha pelas teorias de Vitrúvio se reflete na totalidade de sua obra arquitetônica, cujo caráter é rigorosamente clássico e no qual a clareza de linhas e a harmonia das proporções preponderam sobre o decorativo, reduzido a uma expressão mínima. Somente dez anos depois iria se dedicar à arquitetura sacra em Veneza, com a construção das igrejas San Giorgio Maggiore e Il Redentore. Não se pode dizer que Palladio tenha sido um arquiteto tipicamente maneirista, no entanto, é um dos mais importantes desse período. A obra de Palladio foi uma referência obrigatória para os arquitetos ingleses e franceses do barroco.   PINTURA É na pintura que o espírito maneirista se manifesta em primeiro lugar. São os pintores da segunda década do século XV que, afastados dos cânones renascentistas, criam esse novo estilo, procurando deformar uma realidade que já não os satisfaz e tentando revalorizar a arte pela própria arte.    Principais características :   · Composição em que uma multidão de figuras se comprime em espaços arquitetônicos reduzidos. O resultado é a formação de planos paralelos, completamente irreais, e uma atmosfera de tensão permanente. · Nos corpos, as formas esguias e alongadas substituem os membros bem-torneados do renascimento. Os músculos fazem agora contorsões absolutamente impróprias para os seres humanos. · Rostos melancólicos e misteriosos surgem entre as vestes, de um drapeado minucioso e cores brilhantes. · A luz se detém sobre objetos e figuras, produzindo sombras inadmissíveis.  · Os verdadeiros protagonistas do quadro já não se posicionam no centro da perspectiva,  · mas em algum ponto da arquitetura, onde o olho atento deve, não sem certa dificuldade, encontrá-lo.      Principal Artista:   EL GRECO, (1541-1614), Ao fundir as formas iconográficas bizantinas com o desenho e o colorido da pintura veneziana e a religiosidade espanhola. Na verdade, sua obra não foi totalmente compreendida por seus contemporâneos. Nascido em Creta, acredita-se que começou como pintor de ícones no convento de Santa Catarina, em Cândia. De acordo com documentos existentes, no ano de 1567 emigrou para Veneza, onde começou a trabalhar no ateliê de Ticiano, com quem realizou algumas obras.  Depois de alguns anos de permanência em Madri ele se estabeleceu na cidade de Toledo, onde trabalhou praticamente com exclusividade para a corte de Filipe II, para os conventos locais e para a nobreza toledana. Entre suas obras mais importantes estão O Enterro do Conde de Orgaz, a meio caminho entre o retrato e a espiritualidade mística. Homem com a Mão no Peito, O Sonho de Filipe II e O Martírio de São Maurício. Esta última lhe custou a expulsão da corte.   ESCULTURA Na escultura, o maneirismo segue o caminho traçado por Michelangelo: às formas clássicas soma-se o novo conceito intelectual da arte pela arte e o distanciamento da realidade. Em resumo, repetem-se as características da arquitetura e da pintura. Não faltam as formas caprichosas, as proporções estranhas, as superposições de planos, ou ainda o exagero nos detalhes, elementos que criam essa atmosfera de tensão tão característica do espírito  maneirista.   Principais características:   · A composição típica desse estilo apresenta um grupo de figuras dispostas umas sobre as outras, num equilíbrio aparentemente frágil, as figuras são unidas por contorsões extremadas e exagerado alongamento dos músculos. · O modo de enlaçar as figuras, atribuindo-lhes uma infinidade de posturas impossíveis, permite que elas compartilhem a reduzida base que têm como cenário, isso sempre respeitando a composição geral da peça e a graciosidade de todo o conjunto.     Principais Artistas:   BARTOLOMEO AMMANATI, (1511-1592), Realizou trabalhos em várias cidades italianas. Decorou também o palácio dos Mantova e o túmulo do conde da cidade. Conheceu a poetisa Laura Battiferi, com quem se casou, e juntos se mudaram para Roma a pedido do papa Júlio II, que incumbiu-o da construção de sua villa na Porta del Popolo. Começaram assim seus primeiros passos como arquiteto. No ano de 1555, com a morte do papa, voltou para Florença, onde venceu um concurso para a construção da fonte da Piazza della Signoria. Seu interesse pela arquitetura o levou a estudar os tratados de Alberti e Brunelleschi, com base nos quais planejou uma cidade ideal. De acordo com os preceitos dos jesuítas, que proibiam o nu nas obras de arte, legou a eles todos os seus bens.   GIAMBOLOGNA, (1529-1608), De origem flamenga, Giambologna deu seus primeiros passos como escultor na oficina do francês Jacques Dubroecq. Poucos anos depois mudou-se para Roma, onde se supõe que teria colaborado com Michelangelo em muitas de suas obras.  Estabeleceu-se finalmente em Florença, na corte dos Medici. O Rapto das Sabinas, Mercúrio, Baco e Os Pescadores estão entre as obras mais importantes desse período.  Participou também de um concurso na cidade de Bolonha, para o qual realizou uma de suas mais célebres esculturas, A Fonte de Netuno.Trabalhou com igual maestria a pedra calcária e o mármore e foi grande conhecedor da técnica de despejar os metais, como demonstram suas esculturas de bronze. Giambologna está para o maneirismo como Michelangelo está para o renascimento.   MARTINS, Simone R.; IMBROISI, Margaret H. Maneirismo. Disponível em: http://www.historiadaarte.com.br/linhadotempo.html, s.d. Acesso em 10 setembro 2007.   7) O termo História da Arte costuma designar o conjunto das obras de uma época, país ou escola das artes visuais. A arte é a expressão máxima do momento, seja ele histórico ou pessoal. Os historiadores de arte procuram determinar os períodos que empregam um certo estilo estético por 'movimentos'. A arte registra as idéias e os ideais das culturas e etnias, sendo, assim, importante para a compreensão da história do Homem e do mundo. Na linguagem comum, o termo história da arte costuma referir-se à história das artes visuais mais tradicionais, como a pintura, escultura e arquitetura. Se bem que as idéias sobre a definição de arte tenham sofrido mudanças ao longo do tempo, o campo da história da arte tenta categorizar as mudanças na arte ao longo do tempo e compreender melhor a forma como a arte modela e é modelada pelas perspectivas e impulsos criativos dos seus praticantes. Embora muitos pensem na história da arte simplesmente como o estudo da sua evolução ocidental, o assunto inclui toda a arte, dos megalitos da Europa Ocidental às pinturas da dinastia Tang, na China.   História da Arte. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_arte. Acesso em 10 de setembro de 2007.   8) A História da Arte é uma disciplina que estuda a dinâmica criativa das sociedades através da análise dos objetos artísticos produzidos e legados por diferentes povos ao longo dos tempos.    Conhecer o gênio criador de um povo exige estudo e sensibilidade. O olhar crítico, sendo assim o encontro da percepção e do conhecimento, constitui-se numa atitude de fecunda criatividade.    Uma coisa é olhar a obra de arte e achá-la apenas bonita ou feia; outra é analisá-la criticamente. Seu gosto transforma-se quando Você enriquece o conhecimento sobre as coisas que olha.  A palavra saber possui, em sua ascendência etimológica, uma revelação: vem do latim sapere, que significa, ter gosto. Ainda hoje em Portugal, aliás, a expressão saber bem ou saber mal, no sentido de ser gostoso ou ruim, tem uso corrente.  Conhecer a arte é aprender a olhá-la criticamente; é experimentar a transformação do olhar. Essa transformação não ocorre apenas na lida com objetos artísticos, mas em todas as áreas do saber humano, pois a crítica é matéria-prima da criatividade.      RIBEIRO, Dr. Marcus Tadeu Daniel. História da Arte. Disponível em: http://www.geocities.com/marcustdribeiro/. Acesso em 10 de setembro de 2007.    
    2. Membros do grupo
    3. Fontes de pesquisa
    4. Entrevista

 

 Idéias sobre o projeto

 

1) O QUE É ARTE

O que a alma faz por seu corpo o artista faz por seu povo.

GABRIELA MISTRAL

Muitas definições de arte já foram ensaiadas ao longo do tempo, e no entanto essa prática social tão antiga quanto a humanidade continua sendo um objeto difícil de definir. Os diversos significados que o termo acumulou até os dias de hoje comprovam que essa noção ainda é, em grande parte, intuitiva. Por essa razão, os estudiosos do assunto têm buscado uma definição conceptualmente rigorosa do que seja a arte. Vou tentar apresentar aqui uma nova definição de arte, tal qual a entendemos nos dias de hoje, baseada nos conhecimentos fornecidos pela disciplina científica chamada semiótica da cultura. Mas, para isso, vamos antes revisar rapidamente o histórico dos significados dessa palavra.

 

O termo arte representou, historicamente, conceitos bastante diferentes, alguns dos quais subsistem até hoje. Na Antigüidade greco-romana, o termo grego tékhne e seu equivalente latino ars designavam um conjunto bastante heterogêneo de atividades que, entretanto, tinham em comum o fato de exigirem uma habilidade específica para serem exercidas. Assim, arte era toda atividade que envolvesse uma aptidão não inata, cujo exercício dependia, portanto, de aprendizado. Mário Vitorino, pensador do século IV d.C., classificava as artes em artes animi, ou artes do espírito (poesia, música, astrologia, gramática, retórica, direito, filosofia), artes corporis, ou artes corporais (arremesso, salto, corrida, levantamento de peso), e artes animi et corporis, ou artes do corpo e do espírito (agricultura, ginástica, medicina, arquitetura). Desse modo, o que Mário Vitorino e seus contemporâneos chamavam de arte corresponde a atividades das mais diversas naturezas (estética, científica, esportiva, divinatória, técnica). Durante a Idade Média, período em que as diferentes profissões se organizavam em corporações, começou a surgir a distinção entre arte e artesanato; entretanto, o termo arte ainda continuava a designar atividades tão diferentes quanto o direito, a medicina, a matemática, a astronomia, a música, a teologia e a filosofia. A divisão das “sete artes liberais” em trivium (gramática, lógica e retórica) e quadrivium (geometria, astronomia, aritmética e música) baseava-se em critérios muito mais corporativos do que epistemológicos.

 

Apenas no Renascimento, com a aparição da ciência moderna, é que a palavra arte deixou de ser aplicada às disciplinas científicas, ficando então restrita às atividades de cunho estético. Todavia, persistiu o seu uso em relação a atividades que hoje classificamos como técnicas, como nas expressões artes e ofícios ou artes gráficas, por exemplo.

 

A distinção entre arte, ciência, esporte e técnica é um fenômeno relativamente moderno (uma das grandes contribuições nesse sentido foi dada pela filosofia positivista de Augusto Comte). Mesmo assim, muitas definições modernas dessas atividades ainda pecam por uma certa imprecisão terminológica, por um contorno semântico mal definido.

 

Por isso, se quisermos defini-la em termos rigorosos, podemos começar dizendo que a arte é todo processo de produção e veiculação de discursos sociais cuja função predominante seja a função estética. E o que vem a ser a função estética? Para entendê-la, precisamos falar um pouco sobre as funções dos discursos sociais. Em primeiro lugar, convém explicar que discursos sociais são aqueles discursos cujo receptor é tido como coletivo, ou seja, não é um indivíduo isolado, mas um grupo aberto e indeterminado de indivíduos, que chamamos de público. Dessa maneira, a arte, assim como as demais atividades culturais (isto é, ciência, esporte e religião), caracteriza-se por ser uma atividade produtora de discursos dirigidos a um público.

 

Todos os discursos sociais possuem uma função principal ou primária. A maioria dos discursos sociais — assim como de resto a maioria das práticas humanas — tem caráter eminentemente pragmático, isto é, visa a satisfazer alguma necessidade prática do ser humano. Esse é o caso dos discursos jornalístico, publicitário, político, jurídico, tecnológico, bem como dos discursos da ciência aplicada (a que gera tecnologia), da arte aplicada (como a arquitetura, a culinária e a arte terapêutica), do esporte aplicado (em geral com finalidade terapêutica) e da religião aplicada (a que procura livrar o homem do sofrimento, tanto físico quanto espiritual). Por outro lado, existem quatro atividades, que chamamos de culturais, cuja função primária não é a satisfação da necessidade, mas sim a produção do prazer. São elas a ciência pura (a que gera conhecimento para satisfação da curiosidade humana), a arte pura (que faz do belo um fim em si próprio), o esporte puro (isto é, a competição com fim puramente lúdico) e a religião pura (a que conduz à iluminação e ao autoconhecimento). Portanto, enquanto as atividades pragmáticas se originam de um dever (isto é, necessidade ou obrigação), as atividades culturais têm origem num querer, numa busca do prazer, seja ele sensorial, intelectual, físico ou espiritual. Por isso, podemos chamar tais atividades de hedônicas (do grego hedoné, prazer) e, conseqüentemente, dizer que elas possuem como função primária a função hedônica. A função estética é, portanto, apenas um dos tipos possíveis de função hedônica. O lingüista e crítico literário tcheco Jan Mukarovsky a explica mais ou menos assim:

A cada objeto ou ação, inclusive à linguagem, pode-se atribuir uma função prática — utilitária para os instrumentos, comunicativa para a linguagem, e assim por diante. Se, todavia, um objeto ou ação tornar-se o foco de atenção por si mesmo e não por causa da função prática que desempenha, diz-se que tem uma função estética; isto é, provoca uma reação pelo que é, e não por aquilo para que serve. Assim, a função estética como tal não se limita a obras de arte e literatura mas pode aparecer com relação a qualquer objeto ou ação.

A noção de função estética proposta por Mukarovsky pode ser ilustrada através do seguinte exemplo. Tomemos um objeto qualquer, digamos, uma faca. Enquanto objeto utilitário, essa faca só terá valor para nós na medida em que cumprir o papel para o qual foi concebida, isto é, cortar coisas (alimentos, corda, tecido, etc.), incluindo-se aí a possibilidade de ser utilizada como arma. No entanto, se pendurarmos uma faca na parede da sala, ao lado dos quadros, ou a pusermos sobre a mesa de centro ou sobre a lareira, servindo de decoração, essa faca não mais terá valor enquanto instrumento cortante, mas sim enquanto objeto decorativo. Pouco importará agora se a faca em questão está ou não afiada, se é própria para cortar carne, e assim por diante. Nosso julgamento sobre a faca estará baseado no critério belo/feio, agradável/desagradável, e não no critério útil/inútil ou funcional/disfuncional. Enquanto objeto de decoração, a faca não nos chama a atenção pelo trabalho que pode desempenhar ou pelas tarefas que podemos realizar com ela, mas sim pelo simples fato de estar ali, exposta aos nossos olhos, exatamente para ser vista e, quem sabe, alegrar o ambiente.

 

Segundo Roman Jakobson, a função estética (que ele chamou de função poética) da linguagem ocorre quando a mensagem se volta para si própria, isto é, quando deixa de ser simplesmente um meio de transmissão de informação e passa a ser um fim em si mesma. No exemplo mais patente que temos de função poética da linguagem, que é a própria poesia, vemos que um poema quase nunca tem função utilitária, e se a tem, esta é secundária, mas sua principal função é produzir prazer estético, é ser uma obra de arte feita de palavras. É nesse sentido que podemos dizer que um poema não é um meio e sim um fim em si próprio, ao contrário de mensagens utilitárias como, por exemplo, uma notícia de jornal, uma bula de remédio, um contrato jurídico, etc., que só têm valor para nós pelas informações que transmitem e não por sua beleza estética.

 

Numa concepção elargida dessa função, podemos chamar de função estética à capacidade que um discurso possui de provocar reações psíquicas no receptor a partir de estímulos estritamente sensoriais — visuais, auditivos, táteis, olfativos e gustativos. Pode-se dizer, assim, que toda mensagem — verbal, visual, sonora, gestual, cinestésica (tátil, olfativa ou gustativa) ou sincrética (isto é, resultante de combinações dos tipos anteriores) — cuja finalidade principal ou única seja a de produzir reações psíquicas no receptor através do uso de estímulos sensoriais é uma obra de arte.

 

Todavia, há dois tipos básicos de arte: as artes narrativas e as artes não-narrativas. Dentre as primeiras estão a literatura, a poesia épica, o teatro, o cinema, a história em quadrinhos, etc. Dentre as segundas estão a poesia lírica, a música, a pintura, a escultura, a arquitetura, a gastronomia, etc. Nas artes não-narrativas, todos os estímulos dirigidos ao receptor da mensagem são de natureza sensorial. Já nas artes narrativas, nas quais, como se pode depreender da própria denominação, a mensagem narra uma história, e portanto existem personagens e uma trama, um enredo, isto é, uma sucessão temporal de acontecimentos inter-relacionados, os estímulos são de duas ordens diferentes: além dos estímulos puramente sensoriais, há também os estímulos decorrentes da expectativa em relação ao desfecho da trama. Em outras palavras, havendo um conflito entre as personagens, criador de uma tensão que pede resolução, e que é a base de toda narrativa, o interesse do receptor pelo texto recai também sobre a resolução desse conflito. Assim, o que prende a atenção do público num romance, num filme, numa peça de teatro, além, é claro, dos estímulos verbais, sonoros, auditivos, etc., é a curiosidade de saber quem é o criminoso e como ele será preso, se o herói vai conseguir ou não conquistar o coração da heroína, e assim por diante. Nessas artes, além da função estética, está presente também o que chamamos de função lúdica, que é outro tipo de função hedônica, desta vez característica dos discursos esportivos. Na função lúdica, o prazer produzido pela mensagem advém da identificação do receptor com um dos sujeitos da chamada estrutura polêmica do discurso, isto é, um dos sujeitos que disputam o objeto em jogo. Assim, através de um mecanismo de transferência e projeção psicológica, a vitória do sujeito (isto é, a conquista do objeto de valor) é gratificante para o receptor da mensagem identificado com aquele sujeito, como se a vitória fosse do próprio receptor. É por isso que, numa competição esportiva, sempre torcemos para um dos competidores, ou, no enredo de um romance ou filme, nos identificamos com algum dos personagens, em geral o protagonista, e assim desejamos seu sucesso.

 

Nos termos de Umberto Eco, a função lúdica e a função estética da arte narrativa correspondem respectivamente à “aspiração ao prazer do enunciado” e à “aspiração ao prazer do ato de enunciação”. Ou, ainda, ao prazer do “quê” e ao prazer do “como”, isto é, ao “prazer do Mundo Possível descrito na história que o texto conta” e ao “prazer pela estratégia do conto”.

 

Num romance policial, por exemplo, a função lúdica se sobrepõe claramente à função estética; já num romance de Guimarães Rosa ou de Joyce ou então num filme musical, a função estética — representada pelo trabalho formal com as palavras no caso do romance e pelos números de música e dança no caso do filme — rivaliza fortemente com a função lúdica e em certos casos chega a prevalecer. No cinema surrealista, a função lúdica quase inexiste.

 

Cumpre lembrar ainda que a arte tem secundariamente a função de fazer pensar, de instigar a reflexão, de fazer o homem meditar sobre sua realidade e sobre o drama da existência. Assim, também costuma comparecer na arte, ainda que como função secundária, a função epistêmica, que é a capacidade que um discurso possui de provocar reações psíquicas no receptor a partir do estímulo à reflexão e ao raciocínio, função essa que é característica sobretudo dos discursos científicos.

 

Quando dizemos que a arte é tanto a produção quanto a veiculação de discursos estéticos, estamos incluindo no âmbito da arte não só a instância da criação artística (a instância da autoria) mas também a instância da interpretação, que faz a mediação entre o autor e o público. Assim, no caso da música, por exemplo, temos na instância da criação o compositor e na instância da interpretação o instrumentista, o cantor, o arranjador, o regente. Do mesmo modo, no plano do teatro, temos de um lado o dramaturgo e de outro o diretor e os atores.

 

Outra decorrência dessa definição de arte é que, sendo ela bastante ampla e abrangente, inclui muitas práticas que só rara ou excepcionalmente são lembradas como formas de arte, tais como a culinária (incluindo a preparação de drinques), a moda, a perfumaria, a joalheria e a tapeçaria, dentre outras.

Além disso, tal definição inclui também as formas mais populares — e popularescas — de manifestação discursiva, tais como certos tipos de produção cinematográfica, teledramatúrgica, literária ou musical que, por seu caráter excessivamente comercial e apelativo, são vistas com preconceito pelas elites intelectuais, de modo que sua inclusão no âmbito da arte, embora tecnicamente correta, costuma causar polêmica e, além disso, nos lança numa infindável discussão sobre os limites da arte. Se cinema pornô ou música brega são ou não arte é uma questão de gosto, não uma questão semiótica. A rigor, todo discurso social que busca provocar o prazer pelo estímulo dos sentidos é, por definição, uma forma de arte. Se esse discurso é ou não apelativo, massificante ou mesmo alienante, trata-se evidentemente de um juízo de valor, não de um juízo de verdade.

 

A definição de arte dada aqui corresponde evidentemente à arte pura; a arte aplicada é aquela em que além da função hedônica — estética e/ou lúdica — está presente a função pragmática, de tal forma que ambas tenham aproximadamente a mesma importância, podendo inclusive esta prevalecer sobre aquela, como ocorre, por exemplo, na arquitetura, em que o aspecto funcional da construção sempre se sobrepõe ao estético.

 

O que define uma arte é, primeiramente, a linguagem — isto é, o código ou sistema semiótico — na qual são codificadas as mensagens, e, secundariamente, os processos e instrumentos de produção dessas mensagens. Assim, a utilização do código verbal é o que caracteriza a literatura, assim como a utilização do código visual é o que caracteriza as artes plásticas. Dentro do que chamamos de literatura, as diferentes formas de utilização do código verbal dão origem a duas espécies de arte literária: a poesia e a prosa. Igualmente, sendo a pintura, a escultura, o desenho e a fotografia formas de arte que utilizam todas o código visual e produzem, portanto, imagens, o que as distingue umas das outras é o modo de produção dessas imagens: aplicação de tintas sobre uma tela, modelagem de uma massa sólida, uso de uma câmera fotográfica, etc.

 

Duas características fundamentais identificam a arte: em primeiro lugar, seu aspecto estético; em segundo lugar, seu caráter ficcional. Toda obra de arte é antes de mais nada um objeto concebido para ser percebido, um objeto que se mostra e cuja razão de ser é provocar sensações e sentimentos ao mostrar-se, causar reações físicas e psíquicas no receptor que o percebe. Ao mesmo tempo em que o objeto de arte se mostra, ele mostra uma espécie de simulacro da realidade, ora mais ora menos verossímil, mas, ainda assim, uma realidade, paralela a essa nossa realidade existencial (o Mundo Possível de que nos fala Umberto Eco). O objetivo de toda arte é mostrar uma realidade paralela e virtual, um universo potencial, um universo não de essências, mas sim de aparências. A palavra-chave da arte é aparência. Na arte, as coisas parecem e aparecem. Por isso, o processo básico subjacente ao discurso da arte é o (a)parecer. No discurso da arte, o signo, representante do mundo, é o fim em si próprio. E o signo se caracteriza por essa dualidade: o signo aparece, na medida em que se mostra aos nossos sentidos e precisa ser percebido para que cumpra sua função de representante; mas, se o signo representa, então ele parece, isto é, ele evoca em nossa mente o objeto representado.

 

Nas artes figurativas, narrativas ou não, o que temos é uma representação do mundo, uma imago mundi formada de signos que imitam a realidade. A imagem pintada, desenhada, fotografada ou esculpida de um objeto não é o objeto, é apenas uma imagem. A vida fictícia das personagens de um romance ou de uma peça teatral não é uma vida de verdade, é uma imitação da vida.

 

Nas artes não-figurativas, como a música e a pintura abstrata, a mensagem artística também parece, na medida em que evoca algo, embora de forma mais subjetiva, mas a mensagem, sobretudo, aparece. Se não há um significado evidente ou objetivo, há pelo menos um signo que é um fim em si próprio, cuja missão é justamente aparecer.

 

Esse fenômeno de aparecer e ao mesmo tempo parecer, de ser percebido e de representar, expressa-se em nossa língua pelos verbos parecer/aparecer, ambos remetendo à idéia de aparência. Algumas línguas expressam esses dois conceitos por uma única palavra, como no caso do latim parere ou do inglês appear, que significam indiferentemente parecer ou aparecer.

 

Muito mais haveria para dizer a respeito de uma definição semiótica de arte, mas paro por aqui, apenas dizendo que tentar compreender e explicar a arte é tão desafiador e instigante, e ao mesmo tempo tão fascinante quanto senti-la. Nesse sentido, a arte nos proporciona um duplo prazer: o prazer sensorial de contemplá-la e o prazer intelectual de explorá-la.

 

http://www.aldobizzocchi.com.br/divulgacao.asp 

 

 

2) Como podemos compreender o que são as artes plásticas? A grande maioria das pessoas sabe que pintura e escultura fazem parte desta denominação, mas então porque “plástica”? O pintor usa tinta sobre algum tipo de superfície, o escultor cria formas na madeira ou na pedra, entre outros materiais. O que tem o plástico a ver com isso?

Para compreender estas denominações precisamos retroceder um pouco e entender o que é arte?

A “arte” não finda com as Artes Plásticas. Existem nove grandes expressões artísticas: A Música, a Dança, as Artes Plásticas, As Artes Cênicas, a Literatura, a Arquitetura, o Cinema, as Narrativas Televisivas e as Histórias em Quadrinhos.

Por boa parte da história a terceira das artes representava tudo aquilo que era belo. A palavra “arte” vem do latim Ars, que significa habilidade. O artista era o habilidoso executor de uma função específica. Todos os exímios artífices eram artistas. Ferreiros, sapateiros, ceramistas, pintores e escultores. Na tentativa de distinguir estes dois últimos dos demais, se passou a denominar as pinturas e esculturas de obras das Belas Artes. Eram artífices do belo. E a beleza reinou por muito tempo nas artes...

O problema começou quando estes modeladores do Belo resolveram produzir obras que não eram nada belas ou não reproduziam o que era belo. Como chamar então aquelas realizações de Belas Artes? Era o início das discussões sobre a Estética na arte. O que era então Belo? Não se podia afirmar com certeza, já que esta percepção varia de pessoa para pessoa.

“Arte” passou a ser então as representações de sentimentos e expressões humanas executadas sobre uma perfeição estética e técnica. Principalmente técnica. Foi a valorização da técnica que desenvolveu grande parte dos movimentos modernistas: não eram as representações que interessavam e sim, como eram executadas e como se processava a intercessão entre sentimento e técnica.

A técnica de execução do material empregado na fixação da emoção sobrepujou sua antiga função.

E assim que finalmente chegamos ao “plástica”.

As “Artes Plásticas” não são nada mais que a capacidade de moldar, modificar, reestruturar, re-significar os mais diversos materiais na tentativa de conceber e divulgar nossos sentimentos e, principalmente, nossas idéias.

È a essência do plástico. Um material inicialmente líquido que se pode transformar em qualquer tipo de utensílio, objeto, peça ou componente, necessitando apenas, neste processo, da criatividade não só de conceber o objeto em si, mas também do processo de produção deste objeto. Por isso Artes Plásticas.

E esta arte hoje em dia não mais se circunscreve apenas a pintura e a escultura, como também avança pelas performances, instalações, vídeo-artes, cyberartes, grafismo, proto-arte e inúmeras outras expressões pós-modernas.

É assim que a categoria “arte” passou a delimitar uma expressão especifica do ser humano, afinal, existem coisas belas que não são arte mais admiramos e ainda coisas que admiramos, não são belas e nem são arte. E o pior: coisas que não gostamos, não são belas e são “arte”!

A “arte” passou a ser um leque muito abrangente de produções específicas relacionadas não mais ao sentimento da visão, mas sobretudo, as expressões internas de significado e aos arcabouços das técnicas de execução.

Se observarmos esta afirmação de Duchamp, quando ao sentido da arte, compreenderemos como a arte é vista hoje: "A arte pode ser ruim, boa ou indiferente, mas qualquer que seja o adjetivo empregado, temos de chamá-la de arte. A arte ruim é arte, do mesmo modo como uma emoção ruim é uma emoção".

É isso que a arte é hoje.

Criação.

O pleno e mais esplendoroso ato de criar intencionalmente. É desta forma que a Arte passou a ser a intenção de fazer Arte .

Carpe DiemAmaro Braga

 

 

Artes Plásticas. Disponível em: http://www.sobresites.com/artesplasticas/apresentação.htm. Acesso em 06 de setembro de 2007.

 

 

3) Pintar, desenhar e modelar são atividades de expressão criadora. No processo de criação, o indivíduo pesquisa a própria emoção, desenvolve percepções, imaginação e raciocínio, organiza pensamentos, sentimentos, sensações e forma hábitos de trabalho.

Criar é uma tendência natural que se manifesta através do trabalho espontâneo.

 

As Artes Plásticas permitem a realização de desejos, a satisfação de necessidades pessoais e a afirmação do Eu.

 

Artes Plásticas. Disponível em: http://www.edukbr.com.br/artemanhas/artesplasticas.asp. Acesso em 06 de setembro de 2007.

 

 

4) HISTÓRICO

A história da criação do Centro Juvenil de Artes Plástica - CJAP está ligado ao idealismo do entusiasta, educador e artista Guido Viaro que, graças aos esforços em possibilitar à criança a oportunidade de pintar, é que se atribui não só o surgimento deste Centro de Artes, mas o início da trajetória da arte-educação no Paraná e no Brasil, precedendo às Escolinhas de Arte.

O Mestre e o artista Viaro tinha por metas estimular a criança a gostar da Arte através do “fazer a Arte”, e assim despertar a criatividade, com perspectivas de contribuir para o desenvolvimento e formação do caráter humano.

Desejava ele que a Arte fosse não só privilégio de alguns, mas que desse acesso aos filhos de gente pobre. Mestre Viaro Afirmava:

“Nas escolas de bairro encontrei crianças com grande sensibilidade que expressavam com total pureza e espontaneidade seu mundo interior. E à criança se deve prestar o maior respeito. Já se foi o tempo que os adultos a oprimiam”. ( Viaro, 1996 ).

Em 1953, como parte das comemorações do centenário da Emancipação Política do Paraná, o professor Guido Viaro, juntamente com outros professores e pedagogos, e entre eles a professora Eny Caldeira, organizaram uma exposição com cerca de 1000 trabalhos de arte infantil selecionados de um total de 13.000 outros trabalhos elaborados por crianças entre 6 e 14 anos, de diversas escolas públicas do Estado.

Foi evidente o sucesso desta mostra de Arte infantil levando a influênciar no decorrer do tempo algumas decisões e definições quanto à Antiga Escola de Arte de Viaro, vindo a denominar-se pouco depois CENTRO JUVENIL DE ARTES PLÁSTICAS ligado ao Departamento de Cultura da Secretaria de Educação e Cultura do Paraná, de acordo com Decreto 9628 publicado no Diário Oficial de 16 de junho de 1953.

Viaro visava proporcionar à criança a oportunidade de pintar, mas sem preocupação com a nota, pintando pelo prazer de estar em confidência com ela mesma.

Entre as crianças, a preocupação nunca foi procurar desenhistas ou artistas, mas, despertar e formar pessoas de sensibilidade apurada, capazes de perceber a beleza da forma, da cor e a proporção e equilíbrio da composição, desenvolvendo as faculdades visuais e motora, o gosto artístico e estimulando-a ao aperfeiçoamento de seu trabalho criativo.

Inicialmente, o Centro Juvenil de Artes Plástica oferecia cursos de pintura e cerâmica. Com o passar dos anos, novas técnicas e conhecimentos foram sendo incorporados aos iniciais, como xilogravura, desenho, pirogravura, teatro, gravura, tecelagem, Folclore ‘Boi de Mamão”.

Em 1956, o Decreto 6177 vem oficializar o Centro Juvenil de Artes Plásticas que funcionava em condições experimentais no sótão da Escola de Música e Belas Artes e no subsolo da Biblioteca Pública do Paraná, aí ficando até 1989 quando passa para sua sede própria na Rua Mateus Leme Nº 56, cujo prédio definitivo está para ser construído.

“Nas escolas de bairro encontrei crianças com grande sensibilidade que expressavam com total pureza e espontaneidade seu mundo interior. E à criança se deve prestar o maior respeito. Já se foi o tempo que os adultos a oprimiam.”(Viaro, 1966).

Considerava-se de fundamental importância o CJAP porque supria um espaço cultural educativo, no qual a população infantil encontrava, na educação através da arte, a liberdade da criação. O Centro Juvenil de Artes Plástica passou a ser então em atelier livre e um laboratório em que a criança podia desenvolver sua criatividade. Já haviam se modificado as primeiras finalidades e o aluno desta época era um freqüentador que participava de diversos “ateliers”.

Paralelo a isso acontecia a interiorização da Secretaria do Estado e da Cultuara e todos os setores deveriam apresentar projetos que levassem suas atividades ao interior do Estado.

Lançou-se então uma proposta de criação de novos Centros Juvenis de Artes Plásticas no interior, que funcionariam nos moldes do CJAP da capital, cabendo a cada município a responsabilidade de funcionamento do seu Centro de Artes, os quais deveriam enviar relatórios mensais de suas atividades à direção, na capital.

Atualmente, alguns continuam funcionando, graças ao desprendimento e a garra de suas professoras e de acordo coam as condições que possuem. Outros porém, já encerrramam suas atividade na ocasião de troca de Prefeitura. O Projeto CJAP no interior continua ainda hoje constantemente solicitado, embora apenas seja apoio técnico e treinamento aos professores que nele irão atuar.

Com o advento dos anos noventa, uma percepção inovadora de Educação instaurou uma consciência mais clara sobre os fatos vividos e que fez desenvolver assumir uma postura mais crítica cujos reflexos vêm contribuindo para a transformação da prática social.

Isto veio desencadear mudanças nas formas de pensamento fazendo-se necessário “repensar e complementar” o ensino da arte.

Hoje, vemos um mundo globalizado e informatizado caracterizado por sucessivas e rápidas mudanças, aquisições e desafios que meandram os mais diversos setores da sociedade. Seja nas rodas político-culturais, econômico-sociais, ou defronta-se com exigência constante de adaptação e atualização nas diferentes áreas.

Ligado e estes fatos o CJAP entende ser necessário manter uma linha integrada e antenada do homem – sociedade, conservando entre seus referenciais o de permitir ao aluno desenvolver o “eu pessoal” no “eu social” através do exercício da linguagem artística.

 

Histórico. Disponível em: http://www10.pr.gov.br/centrojuvenildeartes/hidtorico.shtml. Acesso em 06 de setembro de 2007.

 

5) O QUE É A ARTE?

 

Criação humana com valores estéticos (beleza, Equilíbrio, harmonia, revolta)

que sintetizam as suas emoções, sua história, seus sentimentos e a sua cultura.

É um conjunto de procedimentos que utilizados para realizar obras, e no qual aplicamos nossos conhecimentos. Se apresenta sob variadas formas como: a plástica, a música, a escultura, o cinema, o teatro, a dança, a arquitetura etc. Pode ser vista ou percebida pelo homem de três maneiras: visualizadas, ouvidas ou mistas (audiovisuais), hoje alguns tipos de arte permitem que o apreciador participe da obra. O artista precisa da arte e da técnica para comunicar-se.

 

Quem faz arte?

 

O homem criou objetos para satisfazer as suas necessidades práticas, como as ferramentas para cavar a terra e os utensílios de cozinha. Outros objetos são criados por serem interessantes ou possuírem um caráter instrutivo. O homem cria a arte como meio de vida, para que o mundo saiba o que pensa, para divulgar as suas crenças (ou as de outros), para estimular e distrair a si mesmo e aos outros, para explorar novas formas de olhar e interpretar objetos e cenas.

 

Por que o mundo necessita de arte?

 

Porque fazemos arte e para que a usamos é aquilo que chamamos de função da arte que pode ser ...feita para decorar o mundo... para espelhar o nosso mundo (naturalista)... para ajudar no dia-a-dia (utilitária)...para explicar e descrever a história...para ser usada na cura doenças... para ajuda a explorar o mundo.

 

Como entendemos a arte?

 

O que vemos quando admiramos uma arte depende da nossa experiência e conhecimentos, da nossa disposição no momento, imaginação e daquilo que o artista pretendeu mostrar.

 

 

O que é estilo? Por que rotulamos os estilos de arte?

 

Estilo é como o trabalho se mostra, depois de o artista ter tomado suas decisões. Cada artista possui um estilo único. Imagine se todas as peças de arte feitas até hoje fossem expostas numa sala gigantesca. Nunca conseguiríamos ver quem fez o que, quando e como. Os artistas e as pessoas que registram as mudanças na forma de se fazer arte, no caso os críticos e historiadores, costumam classificá-las por categorias e rotulá-las. É um procedimento comum na arte ocidental. Ex.: Renascimento, Impressionismo, Cubismo, Surrealismo, etc.

 

 

 

 

Como conseguimos ver as transformações do mundo através da arte?

 

Podemos verificar que tipo de arte foi feita, quando, onde o como, desta maneira estaremos dialogando com a obra de arte, e assim podemos entender as mudanças que o mundo tiveram.

 

 

Como as idéias se espalham pelo mundo?

 

Exploradores, comerciantes, vendedores e artistas costumam apresentar às pessoas idéias de outras culturas. Os progresssos na tecnologia também difundiram técnicas e teorias. Elas se espalham através da arqueologia , quando se descobrem objetos de outras civilizações; pela fotografia, a arte passou a ser reproduzida e, nos anos 1890, muitas das revistas internacionais de arte já tinham fotos; pelo rádio e televisão, o rádio foi inventado em 1895 e a televisão em 1926, permitindo que as idéias fossem transmitidas por todo o mundo rapidamente, os estilos de arte podem ser observados, as teorias debatidas e as técnicas compartilhadas; pela imprensa, que foi inventada por Johann Guttenberg por volta de 1450, assim os livros e e arte podiam ser impressos e distribuídos em grande quantidade; pela internet, alguns artistas colocam suas obras em exposição e podemos pesquisá-las, bem como saber sobre outros estilos.

 História da Arte. Disponível em: http://www.artesbr.hpg.ig.com.br/Educacao/11/index_hpg.html. Acesso em 10 de setembro de 2007.

 

 

 Não existem modismos na arte, a arte muda conforme mudam os tempos, acompanhando a história dos povos. Para ilustrar isso, temos o exemplo do Maneirismo:

 

6)

MANEIRISMO

 

Paralelamente ao renascimento clássico, desenvolve-se em Roma, do ano de 1520 até por volta de 1610, um movimento artístico afastado conscientemente do modelo da antiguidade clássica: o maneirismo (maniera, em italiano, significa maneira). Uma evidente tendência para a estilização exagerada e um capricho nos detalhes começa a ser sua marca, extrapolando assim as rígidas linhas dos cânones clássicos.

 

Alguns historiadores o consideram uma transição entre o renascimento e o barroco, enquanto outros preferem vê-lo como um estilo, propriamente dito. O certo, porém, é que o maneirismo é uma conseqüência de um renascimento clássico que entra em decadência. Os artistas se vêem obrigados a partir em busca de elementos que lhes permitam renovar e desenvolver todas as habilidades e técnicas adquiridas durante o renascimento.

 

Uma de suas fontes principais de inspiração é o espírito religioso reinante na Europa nesse momento. Não só a Igreja, mas toda a Europa estava dividida após a Reforma de Lutero. Carlos V, depois de derrotar as tropas do sumo pontífice, saqueia e destrói Roma. Reinam a desolação e a incerteza. Os grandes impérios começam a se formar, e o homem já não é a principal e única medida do universo.

 

Pintores, arquitetos e escultores são impelidos a deixar Roma com destino a outras cidades. Valendo-se dos mesmos elementos do renascimento, mas agora com um espírito totalmente diferente, criam uma arte de labirintos, espirais e proporções estranhas, que são, sem dúvida, a marca inconfundível do estilo maneirista. Mais adiante, essa arte acabaria cultivada em todas as grandes cidades européias.

 

ARQUITETURA

A arquitetura maneirista dá prioridade à construção de igrejas de plano longitudinal, com espaços mais longos do que largos, com a cúpula principal sobre o transepto, deixando de lado as de plano centralizado, típicas do renascimento clássico. No entanto, pode-se dizer que as verdadeiras mudanças que este novo estilo introduz refletem-se não somente na construção em si, mas também na distribuição da luz e na decoração.

 

Principais características:

 

Nas igrejas:

· Naves escuras, iluminadas apenas de ângulos diferentes, coros com escadas em espiral, que na maior parte das vezes não levam a lugar nenhum, produzem uma atmosfera de rara singularidade.

· Guirlandas de frutas e flores, balaustradas povoadas de figuras caprichosas são a decoração mais característica desse estilo. Caracóis, conchas e volutas cobrem muros e altares, lembrando uma exuberante selva de pedra que confunde a vista.

 

Nos ricos palácios e casas de campo:

· Formas convexas que permitem o contraste entre luz e sombra prevalecem sobre o quadrado disciplinado do renascimento.

· A decoração de interiores ricamente adornada e os afrescos das abóbadas coroam esse caprichoso e refinado estilo, que, mais do que marcar a transição entre duas épocas, expressa a necessidade de renovação.

 

 

Principais Artistas:

 

BARTOLOMEO AMMANATI , (1511-1592), Autor de vários projetos arquitetônicos por toda a Itália, tais como: a construção do túmulo do conde de Montefeltro, o palácio dos Mantova, a villa na Porta del Popolo. a fonte da Piazza della Signoria. Seu interesse pela arquitetura o levou a estudar os tratados de Alberti e Brunelleschi, com base nos quais planejou uma cidade ideal. De acordo com os preceitos dos jesuítas, que proibiam o nu nas obras de arte, legou a eles todos os seus bens.

 

GIORGIO VASARI, (1511-1574), Vasari é conhecido por sua obra literária Le Vite (As Vidas), na qual, além de fazer um resumo da arte renascentista, apresenta um relato às vezes pouco fiel, mas muito interessante sobre os grandes artistas da época, sem deixar de fazer comentários mal-intencionados e elogios exagerados.

Sob a proteção de Aretino, conseguiu realizar uma de suas únicas obras significativas: os afrescos do palácio Cornaro. Vasari também trabalhou em colaboração com Michelangelo em Roma, na década de 30. Suas biografias, publicadas em 1550, fizeram tanto sucesso que se seguiram várias edições. Passou os últimos dias de sua vida em Florença, dedicado à arquitetura.

 

PALLADIO, (1508-1580), O interesse que tinha pelas teorias de Vitrúvio se reflete na totalidade de sua obra arquitetônica, cujo caráter é rigorosamente clássico e no qual a clareza de linhas e a harmonia das proporções preponderam sobre o decorativo, reduzido a uma expressão mínima. Somente dez anos depois iria se dedicar à arquitetura sacra em Veneza, com a construção das igrejas San Giorgio Maggiore e Il Redentore. Não se pode dizer que Palladio tenha sido um arquiteto tipicamente maneirista, no entanto, é um dos mais importantes desse período. A obra de Palladio foi uma referência obrigatória para os arquitetos ingleses e franceses do barroco.

 

PINTURA

É na pintura que o espírito maneirista se manifesta em primeiro lugar. São os pintores da segunda década do século XV que, afastados dos cânones renascentistas, criam esse novo estilo, procurando deformar uma realidade que já não os satisfaz e tentando revalorizar a arte pela própria arte. 

 

Principais características :

 

· Composição em que uma multidão de figuras se comprime em espaços arquitetônicos reduzidos. O resultado é a formação de planos paralelos, completamente irreais, e uma atmosfera de tensão permanente.

· Nos corpos, as formas esguias e alongadas substituem os membros bem-torneados do renascimento. Os músculos fazem agora contorsões absolutamente impróprias para os seres humanos.

· Rostos melancólicos e misteriosos surgem entre as vestes, de um drapeado minucioso e cores brilhantes.

· A luz se detém sobre objetos e figuras, produzindo sombras inadmissíveis. 

· Os verdadeiros protagonistas do quadro já não se posicionam no centro da perspectiva, 

· mas em algum ponto da arquitetura, onde o olho atento deve, não sem certa dificuldade, encontrá-lo. 

 

 

Principal Artista:

 

EL GRECO, (1541-1614), Ao fundir as formas iconográficas bizantinas com o desenho e o colorido da pintura veneziana e a religiosidade espanhola. Na verdade, sua obra não foi totalmente compreendida por seus contemporâneos. Nascido em Creta, acredita-se que começou como pintor de ícones no convento de Santa Catarina, em Cândia. De acordo com documentos existentes, no ano de 1567 emigrou para Veneza, onde começou a trabalhar no ateliê de Ticiano, com quem realizou algumas obras. 

Depois de alguns anos de permanência em Madri ele se estabeleceu na cidade de Toledo, onde trabalhou praticamente com exclusividade para a corte de Filipe II, para os conventos locais e para a nobreza toledana.

Entre suas obras mais importantes estão O Enterro do Conde de Orgaz, a meio caminho entre o retrato e a espiritualidade mística. Homem com a Mão no Peito, O Sonho de Filipe II e O Martírio de São Maurício. Esta última lhe custou a expulsão da corte.

 

ESCULTURA

Na escultura, o maneirismo segue o caminho traçado por Michelangelo: às formas clássicas soma-se o novo conceito intelectual da arte pela arte e o distanciamento da realidade. Em resumo, repetem-se as características da arquitetura e da pintura. Não faltam as formas caprichosas, as proporções estranhas, as superposições de planos, ou ainda o exagero nos detalhes, elementos que criam essa atmosfera de tensão tão característica do espírito 

maneirista.

 

Principais características:

 

· A composição típica desse estilo apresenta um grupo de figuras dispostas umas sobre as outras, num equilíbrio aparentemente frágil, as figuras são unidas por contorsões extremadas e exagerado alongamento dos músculos.

· O modo de enlaçar as figuras, atribuindo-lhes uma infinidade de posturas impossíveis, permite que elas compartilhem a reduzida base que têm como cenário, isso sempre respeitando a composição geral da peça e a graciosidade de todo o conjunto.

 

 

Principais Artistas:

 

BARTOLOMEO AMMANATI, (1511-1592), Realizou trabalhos em várias cidades italianas. Decorou também o palácio dos Mantova e o túmulo do conde da cidade. Conheceu a poetisa Laura Battiferi, com quem se casou, e juntos se mudaram para Roma a pedido do papa Júlio II, que incumbiu-o da construção de sua villa na Porta del Popolo. Começaram assim seus primeiros passos como arquiteto.

No ano de 1555, com a morte do papa, voltou para Florença, onde venceu um concurso para a construção da fonte da Piazza della Signoria. Seu interesse pela arquitetura o levou a estudar os tratados de Alberti e Brunelleschi, com base nos quais planejou uma cidade ideal. De acordo com os preceitos dos jesuítas, que proibiam o nu nas obras de arte, legou a eles todos os seus bens.

 

GIAMBOLOGNA, (1529-1608), De origem flamenga, Giambologna deu seus primeiros passos como escultor na oficina do francês Jacques Dubroecq. Poucos anos depois mudou-se para Roma, onde se supõe que teria colaborado com Michelangelo em muitas de suas obras. 

Estabeleceu-se finalmente em Florença, na corte dos Medici. O Rapto das Sabinas, Mercúrio, Baco e Os Pescadores estão entre as obras mais importantes desse período. 

Participou também de um concurso na cidade de Bolonha, para o qual realizou uma de suas mais célebres esculturas, A Fonte de Netuno.Trabalhou com igual maestria a pedra calcária e o mármore e foi grande conhecedor da técnica de despejar os metais, como demonstram suas esculturas de bronze. Giambologna está para o maneirismo como Michelangelo está para o renascimento.

 

MARTINS, Simone R.; IMBROISI, Margaret H. Maneirismo. Disponível em: http://www.historiadaarte.com.br/linhadotempo.html, s.d. Acesso em 10 setembro 2007.

 

7) O termo História da Arte costuma designar o conjunto das obras de uma época, país ou escola das artes visuais. A arte é a expressão máxima do momento, seja ele histórico ou pessoal. Os historiadores de arte procuram determinar os períodos que empregam um certo estilo estético por 'movimentos'. A arte registra as idéias e os ideais das culturas e etnias, sendo, assim, importante para a compreensão da história do Homem e do mundo.

Na linguagem comum, o termo história da arte costuma referir-se à história das artes visuais mais tradicionais, como a pintura, escultura e arquitetura. Se bem que as idéias sobre a definição de arte tenham sofrido mudanças ao longo do tempo, o campo da história da arte tenta categorizar as mudanças na arte ao longo do tempo e compreender melhor a forma como a arte modela e é modelada pelas perspectivas e impulsos criativos dos seus praticantes. Embora muitos pensem na história da arte simplesmente como o estudo da sua evolução ocidental, o assunto inclui toda a arte, dos megalitos da Europa Ocidental às pinturas da dinastia Tang, na China.

 

História da Arte. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_arte. Acesso em 10 de setembro de 2007.

 

8) A História da Arte é uma disciplina que estuda a dinâmica criativa das sociedades através da análise dos objetos artísticos produzidos e legados por diferentes povos ao longo dos tempos.   

Conhecer o gênio criador de um povo exige estudo e sensibilidade. O olhar crítico, sendo assim o encontro da percepção e do conhecimento, constitui-se numa atitude de fecunda criatividade.   

Uma coisa é olhar a obra de arte e achá-la apenas bonita ou feia; outra é analisá-la criticamente. Seu gosto transforma-se quando Você enriquece o conhecimento sobre as coisas que olha. 

A palavra saber possui, em sua ascendência etimológica, uma revelação: vem do latim sapere, que significa, ter gosto. Ainda hoje em Portugal, aliás, a expressão saber bem ou saber mal, no sentido de ser gostoso ou ruim, tem uso corrente. 

Conhecer a arte é aprender a olhá-la criticamente; é experimentar a transformação do olhar. Essa transformação não ocorre apenas na lida com objetos artísticos, mas em todas as áreas do saber humano, pois a crítica é matéria-prima da criatividade.   

 

RIBEIRO, Dr. Marcus Tadeu Daniel. História da Arte. Disponível em: http://www.geocities.com/marcustdribeiro/. Acesso em 10 de setembro de 2007.

 

 

Membros do grupo

 

  • Eliane
  • Adriana
  • Janaina                                                                                                                    

 

 

Fontes de pesquisa

 

  1. http://www.suapesquisa.com/artesplasticas
  2. http://www.cerebromente.org.br/n12/opiniao/criatividade2.html
  3. http://www.artenaescola.org.br/pesquise_artigos_texto.php?id_m=37
  4. http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/educacao/educ78.htm
  5. http://www.artewebbrasil.com.br/exposicoes.htm

     

  6. http://www.artewebbrasil.com.br/adriana_xaplin/adriana.htm              
  7. http://www.artewebbrasil.com.br/index.htm

     

     

 

 

 

                                                                                                                                                      

 

 

 

Entrevista

 

Entevistamos Maria Elisa Binnelli Catan sobre arte.

 

Quem é Maria Elisa Binelli Catan?

 

Ela é formada em Letras pela UFRGS com especialização em Educação de Adultos e em Arteterapia. Já trabalhou com o ensino fundamental, médio, técnico e EJA. Também trabalhou junto à Oficina de Criatividade do Hospital Psiquiátrico São Pedro e á Oficina da Palavra da mesma instituição. Atualmente trabalha com Arteterapia.

 

PERGUNTAS E RESPOSTAS:

 

De que forma as artes contribuem para o desenvolvimento do ser humano?

Penso que por intermédio das artes o ser humano transforma-se num ser mais sensível, mais expressivo, conectado com o mundo que o rodeia.

 

Quem faz arte?

Qualquer pessoa pode fazer arte, basta querer.

 

Por que o mundo necessita de arte?

O mundo necessita da arte para ser completo.

 

Como entendemos a arte?

Penso que a arte não se entende, mas sim se sente.

 

O que é estilo? Por que rotulamos os estilos de arte?

Estilo é a maneira pela qual o artista se expressa, fazendo sua leitura do mundo, inserindo suas percepções e influências de outras épocas e criando assim um novo estilo.

 

Há modismos na arte?

Com certeza sim; as cores, os tons utilizados por determinado artista; o tipo de pincelada; se a pintura é abstrata ou não, e assim por diante.                                          

 

A pessoa nasce com o dom para uma arte ou pode desenvolver?

Penso que algumas pessoas nascem com o dom, mas qualquer um pode aprender técnicas  e expressar-se de forma sensível.

 

Como conseguimos ver as transformações do mundo através da arte?

Muitas vezes através da arte percebemos denúncias do que está acontecendo, as guerras, o excesso de racionalismo, a globalização, tudo de forma implícita ou explícita.

 

Como as idéias se espalham pelo mundo?

Através da mídia.

 

Até que ponto objetos em lugares inusitados podem ser considerados arte?

Pelo simples fato de causarem um estranhamento já estão cumprindo seu papel; a arte é tudo que acontece e sempre em mutação.

 

 

Questionário.doc

Draft 2

 

 

 

   

 

Comments (14)

Anonymous said

at 8:40 pm on Aug 21, 2007

Pessoal,
que legal ficou a página inicial de vocês! E a pergunta também ficou clara.
Bjs profa. LU.

Anonymous said

at 8:40 am on Aug 29, 2007

Dei mais uma olhada. Vocês acham que as dúvidas vão ajudar a responder a questão principal? Como?

Anonymous said

at 11:11 am on Sep 5, 2007

Legal o trabalho de vcs!

ahh! na psico utilizamos mto esta figura (O grito, de Munch) qdo queremos ilustrar a questão das psicoses...

abraços

Anonymous said

at 11:14 am on Sep 5, 2007

muito legal o trabalho de vocês, as perguntas são relevantes e a figura é ótima!

Anonymous said

at 1:08 pm on Sep 8, 2007

Tá muito interessante a página de vcs, principalmente a parte do histórico. Gostei!

Anonymous said

at 8:42 pm on Sep 11, 2007

Pessoal, adorei o trabalho de vocês. Os textos são bem interessantes. Abraços.

Anonymous said

at 10:41 am on Sep 12, 2007

Interessante o trabalho de vcs, gostei muito da parte histórica e das figuras ilustrativas. Abraços.

Anonymous said

at 10:42 am on Sep 12, 2007

pessoal, muito legal a página de vocês. mostrei para meu filho e ele gostou um monte. abraços.

Anonymous said

at 10:59 am on Sep 12, 2007

Muito bom o trabalho. Acredito que a arte é inerente ao ser humano e através dela podemos nos expressar de várias maneiras. Abraços

Anonymous said

at 12:59 pm on Sep 12, 2007

Parabéns pelo trabalho e pelo bom gosto na escolha das telas. Sou apaixonado por pintura e tenho por artistas prediletos os escolhidos por vocês - entre outros. Abraço,
D.B.

Anonymous said

at 2:44 pm on Sep 12, 2007

Muito interessante o trabalho de vcs. As perguntas levam em conta oq a mairia das pessoas pensa sobre arte. Abraços

Anonymous said

at 4:17 pm on Sep 12, 2007

Ficou interessante a pesquisa!!!! É importante a interdisciplinaridade para uma aquisição mais sólida de instrução e cultura...
Parabéns
Abraços

Anonymous said

at 5:10 pm on Sep 13, 2007

Adorei a página de vocês! O trabalho vai ficar ótimo!

Anonymous said

at 10:27 am on Oct 10, 2007

Olá!
Gostei do trabalho de voc~es e achei as dúvidas bem interessantes.
Beijos

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